Ressonância Magnética do joelho: tudo que você precisa saber sobre o exame

A ressonância magnética do joelho é um exame de imagem que utiliza um campo magnético intenso e ondas de rádio para gerar imagens altamente detalhadas das estruturas avaliadas, como cartilagens, tendões e ligamentos.

Como não faz uso de radiação, a ressonância magnética do joelho é altamente segura. No entanto, existem algumas poucas contraindicações como gravidez, pessoas com implantes e próteses metálicas e portadores de marcapasso e CDIs.

Este é um exame de alta acuidade, sendo indicado para o diagnóstico preciso de problemas como lesões, tendinites, bursites e outras patologias que podem afetar os joelhos. São encaminhados para o exame pacientes com queixas de dores no joelho, inchaço, perda de força, dificuldade de extensão, deformidades, entre outras condições. Geralmente, a indicação é feita após consulta com médico ortopedista.

Lesões que podem diagnosticadas pela ressonância magnética do joelho

Existem diversas lesões que causam dores no joelho e que podem ser diagnosticadas por meio do exame de ressonância magnética. As principais são:

Menisco

Trata-se da lesão decorrente da torção do joelho.  As lesões do menisco costumam ser mais frequentes em pessoas entre os 20 e 40 anos de idade, mas podem ocorrer em qualquer idade.

Embora seja possível realizar o diagnóstico clínico, avaliando relatos de dores persistentes ao fazer movimentos como agachar e subir escadas, a ressonância magnética é o exame mais utilizado para confirmar a existência da lesão e de possíveis complicações.

Ligamento cruzado anterior

Muito comum em jogadores de futebol, este tipo de lesão se dá pela rotação do corpo quando o pé está fixo no chão, causando a entorse do joelho. A lesão do ligamento também pode acontecer por conta de traumatismo ou durante movimentos como agachamentos.

Esse tipo de trauma geralmente é acompanhado por derrames articulares (acúmulo de líquido em uma articulação do corpo) e, por isso, é fundamental a realização da ressonância magnética do joelho para confirmar a lesão e identificar quaisquer alterações a outras estruturas próximas.

Ligamento cruzado posterior

Lesão que pode ser causada tanto por traumatismos diretos como em decorrência da hiperflexão ou extensão acidental do joelho. Nesses casos, a ressonância magnética é realizada para identificar o local exato da lesão e possíveis complicações.

Cartilagem

Este tipo de lesão costuma ser causada por conta de microtraumas repetitivos, que levam ao desgaste progressivo da cartilagem do joelho – estrutura que, por ser pouco irrigada, demora mais para cicatrizar. Por meio do exame de ressonância magnética, é possível detectar a extensão da lesão e sua profundidade.

Como o exame é realizado

Para a realização da ressonância magnética do joelho, o paciente deve deitar de barriga para cima em uma mesa que deslizará para o interior da cápsula do aparelho. É necessário que as pessoas permaneçam imóveis durante todo o exame, pois quaisquer movimentos podem prejudicar a captação da imagem médica.

A ressonância magnética do joelho é um exame não invasivo e completamente indolor. Pacientes que sofrem com claustrofobia – isto é, dificuldade em permanecer em ambientes fechados – podem apresentar dificuldades para permanecer calmos dentro da cápsula.

No entanto, qualquer desconforto pode ser reportado ao técnico. Dependendo da estrutura do local, outra alternativa é a realização do exame em aparelhos de ressonância magnética aberta. Vale lembrar que a duração média da ressonância é de apenas 30 minutos.

Preparação para o exame

O exame de ressonância magnética não exige qualquer tipo de preparação prévia do paciente, nem mesmo relacionada à alimentação. A única exigência é a retirada de todos os objetivos metálicos e a troca da roupa por uma bata de uso hospitalar.

Uso de contraste no exame

Embora não seja frequente, em certas ocasiões pode ser indicado o uso de contraste para a realização da ressonância magnética do joelho, sobretudo quando pretende-se investigar o comportamento vascular das estruturas lesionadas.

Nesses casos, o paciente recebe uma substância endovenosa chamada gadolínio. Esse composto potencializa o sinal das estruturas do joelho com fluxo sanguíneo aumentado, como inflamações e até mesmo tumores.

Leia mais: Qual a diferença entre tomografia e ressonância magnética? Veja o comparativo dos dois exames

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