Artigos 25 março 2024

Parkinson: diagnóstico e tratamento da doença

Equipe Doctoralia
Equipe Doctoralia

A Doença de Parkinson foi descrita pela primeira vez em 1817 pelo médico inglês James Parkinson. Por muito tempo, a doença foi chamada de Mal de Parkinson, porém esta nomenclatura foi abandonada por médicos e pacientes para diminuir o preconceito e estigma social que gerava contra portadores da doença.

Ela é uma entre muitas doenças degenerativas do sistema nervoso, e é uma doença neurológica crônica e progressiva. Alguns dos seus sintomas, como a falta de controle da coordenação motora  dos movimentos, são bastante conhecidos. Entretanto, esses não são os únicos sinais da doença e, por isso, às vezes é difícil detectar se algum paciente sofre desta enfermidade.

Por isso, neste post vamos abordar alguns aspectos da Doença de Parkinson: diagnóstico, sintomas, tratamento e outros mais. Acompanhe!

Sintomas da Doença de Parkinson

Em geral, os primeiros sinais do Parkinson são graduais e sutis e, por isso, muitas vezes não são percebidos durante um bom tempo. Além disso, por vezes são considerados como características típicas do envelhecimento, o que dificulta o diagnóstico apropriado da doença.

Como dissemos, muitas pessoas acham que os tremores são o único sinal da doença, mas há outras características que podem estar associadas. Entre elas é possível elencar:

  • Constipação: o trato intestinal costuma se tornar mais lento, levando a um desconforto no abdome e redução na frequência de evacuações;
  • Dificuldade de locomoção: as alterações de locomoção costumam ser bem significativas, e os braços também costumam ficar mais rígidos e com menos movimento;
  • Hipotensão postural: queda brusca na pressão arterial quando a pessoa muda de posição ou se levanta rapidamente;
  • Má postura: é possível perceber, mesmo no começo da doença, uma inclinação do tronco e da cabeça para frente, dificultando o equilíbrio e agilidade ao se movimentar;
  • Microfagia: dificuldade em mover mãos e dedos, gerando rigidez muscular;
  • Perda olfativa: é um dos sinais iniciais mais comuns e atinge a maior parte dos pacientes da doença;
  • Rosto sem expressão: o olhar fica parado, a expressão facial fica mais séria e os movimentos da face são menos notados, independentemente da vontade da pessoa;
  • Sono inquieto: é comum haver uma certa agitação durante o sono;
  • Tremor: geralmente começa nas mãos e braço, mas depois progride para a perna e até mesmo cabeça e lábios;
  • Voz baixa: como a doença também afeta os músculos da face, garganta e boca, que são importantes para a fala, a consequência é a redução do tom e timbre de voz.

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Diferença entre Parkinson e Parkinsonismo

Embora a Doença de Parkinson e o Parkinsonismo tenham nomenclaturas semelhantes, eles não são a mesma coisa. O Parkinsonismo é um conjunto de sinais e sintomas neurológicos composto por instabilidade postural, lentidão e pobreza dos movimentos voluntários,rigidez das articulações e músculos e tremores, mas esses sinais podem ou não ser causados pelo Parkinson.

Em outras palavras, o Parkinsonismo também pode ser causado por outras doenças que não o Parkinson. Por exemplo, enfermidades ou condições clínicas que possuem sintomas semelhantes ao Parkinson, mas cuja história clínica e evolução são diferentes. Nesses casos, o Parkinsonismo é chamado de secundário.

Para se ter uma ideia, uma causa frequente do Parkinsonismo secundário é aquele induzido por remédios, como medicamentos usados contra tonturas e vertigens, no combate à doenças psiquiátricas e também para hipertensão. Assim, é importante identificar esses casos, pois o tratamento para eles é diferente do realizado para tratar a Doença de Parkinson.

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Tratamento da Doença

Infelizmente, ainda não há uma cura para a Doença de Parkinson, mas o uso de medicamentos e técnicas de reabilitação tem possibilitado o controle dos sinais e retardo do progresso.

Com isso, é possível melhorar de maneira significativa a qualidade de vida dos pacientes. Entretanto, embora os remédios ajudem a controlar os sintomas por alguns anos, o avanço da doença intensifica os sinais e, com o passar do tempo, a resposta à medicação se torna menor, mesmo com doses maiores. Por isso, algumas vezes os efeitos colaterais acabam sendo tão ou mais incapacitantes do que a própria doença.

Além dos medicamentos, existem também terapias complementares essenciais para controlar o avanço da doença e assegurar a independência do paciente por um pouco mais de tempo. Um exemplo é a fisioterapia, que auxilia na conservação da flexibilidade e força dos músculos, ajudando a aliviar dores no corpo e a melhorar a mobilidade.

Então, podemos listar os seguintes tratamentos contra o Parkinson:

  • Cirurgia: procedimento de implante de eletrodos cerebrais com o objetivo de retroceder alguns anos nos sintomas e na resposta aos remédios, gerando mais qualidade de vida e maior funcionalidade;
  • Eletrodos direcionais: eletrodos utilizados por meio de implantes cerebrais para estimulação profunda do cérebro;
  • Reabilitação: terapias complementares para controlar os avanços da doença e garantir independência ao paciente, como fisioterapia, fonoaudiologia, e terapia ocupacional;
  • Tratamento com medicamentos: boa parte dos sintomas do Parkinson são causados pela falta de dopamina no cérebro, então muitos remédios têm o objetivo de reproduzir os efeitos desse neurotransmissor, diminuindo o tremor, a rigidez muscular e melhorando a capacidade de coordenação de movimentos.

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Diagnóstico

O diagnóstico da Doença de Parkinson é bastante clínico, ou seja, tem base na correta análise e detecção de sinais e sintomas. Geralmente, o especialista mais indicado para o diagnóstico é o médico neurologista, que pode diferenciar entre as características do Parkinson e outras doenças neurológicas que prejudicam os movimentos.

Além disso, são realizados exames de imagem complementares, como ressonância magnética e tomografia cerebral, principalmente para a análise de diagnósticos diferenciais. Outro exame que pode ser usado no diagnóstico, embora não seja tão requisitado, é a tomografia por emissão de pósitrons (PET/CT​​​​).


A Doença de Parkinson é uma enfermidade grave e, portanto, deve-se buscar realizar o diagnóstico dela assim que os primeiros sinais forem detectados, visando ao início precoce do tratamento para conferir mais qualidade de vida ao paciente e mais chances de retardar a doença.

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