Exame PET-CT: o que é, para que serve e como é feito

O exame PET-CT combina dois exames de diagnóstico por imagem para uma avaliação mais eficiente e com resultados mais precisos.

Em inglês, PET é a sigla de Tomografia por Emissão de Pósitrons. Trata-se de um exame capaz de detectar alterações no metabolismo celular. Por sua vez, CT significa Tomografia Computadorizada, que produz imagens em detalhes da área avaliada.

Neste post, confira as indicações e contraindicações do exame PET-CT, saiba como ele é feito, as orientações de preparação e os principais riscos e benefícios. Acompanhe!

Indicações e contraindicações do exame PET-CT

O exame PET-CT é muito indicado em casos de suspeita de câncer e metástase. Por meio dos resultados, é possível avaliar o estágio em que o tumor se encontra, bem como a eficácia do tratamento oncológico, caso o paciente já o tenha iniciado.

Outras indicações comuns para o exame PET-CT se dão para avaliação do coração de pacientes que já sofreram infarto e também para análise da função cerebral. Com os resultados do exame PET-CT em mãos, o médico pode:

• Avaliar a eficácia do tratamento;
• Confirmar a remissão ou progressão de tumores;
• Confirmar ou descartar suspeitas levantadas pela análise clínica ou por exames convencionais;
• Definir a extensão da doença de forma a direcionar o melhor tratamento;
• Selecionar os locais mais apropriados para biópsia.

O exame é altamente seguro e isento de complicações. No entanto, pacientes que sejam alérgicos a medicamentos ou ao contraste radiológico devem informar o médico responsável.

Mulheres gestantes e lactantes também devem comunicar seu médico, que avaliará a situação. Porém, vale destacar que, geralmente, o exame pode ser realizado normalmente, uma vez que as taxas de radiação às que a paciente é exposta são baixíssimas.

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Como é feito

O exame PET-CT é um procedimento não invasivo e é considerado extremamente seguro. Para realizá-lo, o paciente recebe, por via intravenosa, uma substância radioativa à base de glicose.

Como os tecidos tumorais costumam apresentar um metabolismo mais acelerado e, consequentemente, um consumo de glicose mais elevado do que as células normais, a substância radiotraçadora se acumula nessas áreas. Neste local, há uma emissão mais concentrada de raios gama, que são detectados pelo aparelho.

Dessa maneira, o exame PET-CT consegue identificar mais especificamente as regiões do organismo onde há maior acúmulo de açúcar e que, portanto, precisam de uma investigação mais aprofundada.

Nas imagens geradas durante o exame, essas áreas de acúmulo apresentam um brilho mais intenso do que as outras. E é assim que o médico consegue, não apenas avaliar a presença de tumores e metástases, como também analisar a resposta do organismo do paciente aos tratamentos.

O exame PET-CT demora cerca de duas horas para ser realizado, pois é necessário aguardar para que a substância radioativa faça efeito no organismo, o que leva aproximadamente uma hora.

Preparação

Para a realização do exame PET-CT, é necessário que o paciente esteja em jejum de seis horas. Além disso, nas 24 horas que antecedem o exame, deve-se manter uma dieta pobre em carboidratos – pães, massas, batata, arroz, doces, laticínios, entre outros – e não realizar atividades físicas.

Pacientes que fazem uso de medicamentos à base de insulina devem suspender o uso de acordo com as orientações do médico responsável. Em dias de frio intenso, também é recomendado que o paciente chegue bem agasalhado, para evitar que os mecanismos biológicos que buscam compensar a queda da temperatura corporal entrem em ação, o que pode causar alterações no metabolismo celular.

Embora a forma mais comum para administração da substância radiotraçadora seja por via intravenosa, algumas clínicas podem oferecê-la via oral.

Riscos e benefícios

As taxas de radiação emitida pela substância utilizada no exame PET-CT são muito pequenas e, por consequência, bastante seguras. Esses compostos são utilizados na medicina há décadas e não apresentam efeitos adversos a curto ou longo prazo. Reações alérgicas são raras.

Durante a consulta, é importante que pacientes grávidas, com suspeita de gravidez ou que estejam amamentando informem ao médico de sua condição. Por sua vez, pacientes com diabetes podem realizar o exame normalmente, pois a glicose marcada utilizada no exame é inócua e não gera reações. No entanto, é preciso considerar que há um risco maior de os resultados não serem tão precisos.

Por combinar duas formas de diagnosticar em uma única sessão, o exame PET-CT consegue fornecer ao médico informações mais detalhadas do que os exames feitos isoladamente. Isso faz com que essa seja uma das melhores alternativas para pacientes com suspeita de câncer ou que já iniciaram o tratamento para a doença.

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